Saturday, January 31, 2009

Contos descontos!



Uma história mal contada é toda aquela que ou não foi contada por inteiro ou por ser inteiro não foi muito bem contada. Mas esta será somente para adocicar os teus ouvidos, e se quiser
me chamar depois de querido, todos os elogios serão aceitos... até mesmo os horríveis...enfim...


Bota a cachaça na mesa
Quero me aguçar dos sentidos
Que por mais eu tenha sentido
Não quero sentir mais nada!
Bota mais cachaça sinhô!
Está com pena de quê?
Pena estou é de mim
Pobre e pobre de mim...


Desesperado, como todo bêbado. Por quê? Saberia eu explicar a angústia de um homem que desespera-se por uma mulher?

Falarei a verdade seu moço
...
O que tem eu a ver com ela?


Chora, chora para não cair do posto de sentimental. Será a noite mais comovente de todos os tempos na vila? Antes de apresentá-la, ela já aparece formosa...

A não ser pelo meu estado tardiu
Em que me situo e me admiro
O cara não me larga, não me deixa
Todo esse "me" me enoja
Palavras, letras, formas
O que tem a ver eu contigo?


Ela o olha insultando-o espiritualmente, o que não dava para perceber tal coisa ao vivo. Todos atônitos à espera de algum movimento violento dele; mas somente uma virada de leve do copo até a boca e responde com um tom arrogante:

SUA BRUXA!

Minutos de reflexão [123456789...]

Enfeita-me e me joga
Me cospe, me ignora
Todo esse "me" me transforma
E quanto mais fica entediada
Mais eu peço a cachaça!!


FAÇA SILENCIO!

Ela grita sem gritar

Escuta algo?
Se não escuta, então só ouve
Não ouve?
Então não sofra!
Já que não sabe o que nunca sentiu
Tu não sentes nada!
É só puro éter neste pitu!
que acaba com teus neurônios
Te provocam e murcham sua personalidade!


Pois então digo
Que dessa minha personalidade MURCHA
Vem de você!
Depois daquela noite escura e sem lua!


O momento público fez com que a acusada deixasse cair duas lágrims e meia... Meia porque a terceira pretendia cair nas bochechas, mas foi impossível de acompanhá-la...

Noite sem luar...

Noite sem luar sim senhor!
O frio que dá!
A pele arrepia
enquanto isso...

O calor do desejo, eu sei!

O calor do ódio FAZ me crer!

Sai ela pela porta da frente, e ele pela porta imaginária do chão. Se deita , abre suas pernas e braços, chora feito criança. Chora como no começo da história...


No comments: