Friday, February 26, 2010

 

Neste momento eu penso e compreendo, que de todas as raivas, essa é a raiva mais sensata.
Obrigada pela espectativa de alegria em que a mim me acrescenta...

Thursday, February 25, 2010

I just wanna telll you what I'm feeelllliiinnnggg

Eu esperei por tanto tempo compreender o que seria uma vertigem e uma nublagem que acabei misturando as duas.

Novela ( parte 1) - Coentro Verde

-Sonhos...
Disse Lia sentada em sua poltrona, vendo a janela e o céu nublado.Continuando a observar, falava com a bola de pêlo do seu hammster Arthur:
-Esse sonho foi a coisa mais subordinada que alguém poderia sonhar! Estava eu andando e daí vi uma  casa, cuja forma era a forma de todas as casas normais e simples que você pode imaignar.





Eu entrei nessa casa com uma lâmpada, onde a lâmpada se parecia muito com um a tocha medieval. Adentrando-a, cautelosamente pisei num pedaço de vidro. Daí percebi que a casa estava transtornada, que alguém teria esquartejado ela toda. Não sobrava nada bonito,nada vivo, nada inteiramente salvo. Muitas coisas valiosas, por se imaginar, eram de fato valiosas. Daí entrei na cozinha e vi que alí tinha uma velhinha sentada, tricotando seu tricote esverdeado de uma linha fina e macia. Não perdi o momento de pegar umas delas e colocar em minha bolsa. A velha me olhou e pediu para que eu fizesse um chá de hortelã sem açucar. Quando me virei tentando explicar que tudo estava findado, havia um campo verde e o sol estava maravilhosamente lindo e nada havia quebrado. Não houve outra idéia a não ser sair correndo e querer voltar para onde estava. Daí eu acordei Arthur, não queria mais saber de sonho nenhum. 
Depois do sonho contado fielmente, Lia se levanta a procura de uma caneta e de um papel. Não achando, vai até o seu melhor amigo, Pietro. 

-Pietro, cadê minha mãe? ela demora muito pra chegar em casa...
-Ora Lia, sua mãe tem coisas para fazer, você não tem suas coisas pra fazer?
-Tenho sim, mas não necessariamente precisam demorar como mamãe...
- Você é deliciosamente inquietante Lia... Procure fazer alguma coisa. Não é férias, você não vai à escola, não sai de casa... o que mais que você espera?

Lia volta à sua poltrona, esperando sua mãe voltar.

Tuesday, February 23, 2010

La mer...d!


De tanto olhar as ondas em imagens já possuídas de teus pensamentos
Vejo-me dormindo e sonhando com todas elas...
Eram tantas que pareciam que comiam umas as outras.
Era como uma dança, ou como a guerra, ou como o amor, ou como uns vultos em inteira confraternização familiar...
Acordo pensando nelas e em como desenhá-las...
Acho que assim, é a melhor maneira de representá-las...
Pra falar a verdade, foi a primeira vez que tive um sonho com ondas sem ser um pesadelo. Eu só as assistia...
Bom, bom... assim não tinha medo de ser levada até o fundo do mar...

A sim... o sol...
O sol tá esquisito, eu sei...
tem um quê de lápis de olho nela...
Um charme para estrela...

É primavera? Te amo...

Se pássaros falassem...

 

Receba a flor que te dou...

Monday, February 15, 2010

A maçã - primeira prosa desentendível!

Para começar a escrever uma prosa, eu fujo de todas as coisas! Menos escrever uma prosa. Porque realmente é muito difícil, meus pensamentos ficam soltos, difícil de resgatá-los, ao ponto de me deixar maluca!

Enfim, vou começar a escerver sobre a maçã;
 
A maçã é vermelha e seu substrato branco que as pessoas comem às vezes é meio areia, às vezes é meio azeda,doce. Embora, de certa forma, o gosto da maçã é sempre o mesmo. Queria  muito compartilhar o ato de comer maçã simplismente por um ato de comer maçã com a prórpia maçã! É sim, a maçã.

Mas eu não gosto de maçã, e nem sei porque eu estou falando da maçã... a maçã é estranha. A maçã é sem graça. Porque fui escrever justamente de maçã?

ah...esse texto tá um absurdo de hipócrita e de hipocrisia... A maçã me deixou com uma impaciência profunda. Somente por ser maçã. Aí é que está a dignidade humana! A impacicência de uma mera fruta, que não fez nada comigo! Somente existiu para que ela fosse criticada por mim. Não a culpo. Desculpa maçã! Imagina então quantas pessoas me culpam por eu ter nascido... Agora imagina quantas pessoas não culpam por você ter nascido? Agora imagina quantas pessoas você imagina que não deveriam ter nascido? Enfim... é muito doidera pensar assim...

Maçã... valeu, não serei crítica contigo! Que tal a pêra agora?

Wednesday, February 03, 2010

iiii sono!

iiii sono!

Tentei ser traiçoeiro com todos os artifícios...
Pra ver se conseguiria, algo de súbito, ficar acordado.


Vejo que não adiantava.

Quanto mais tentava abrir o olho, o sono vinha
e quanto mais vinha,
mais deliciosamente me fazia de todo
entregue ao sono.


Era aquela coisa gostosa doce vindo...

cobria meus olhos...
Fazia um tempo acordado
Outro tempo dormindo
Mas sabia onde estava
dos pingos de água, das coisas ligadas...
era só mesmo aquela coisa que vinha.


sono leve...

parecia depois um avalanche...
e me cobria com um sono pesado...
A cama chama!
O travesseiro não nega...
Daí vai direto para o aconchego da cama e do travesseiro.
Fecha os olhos e sozinho fala como se o sono tivesse do seu lado:
-Você me dominou sono!
Dominou...
Dom...
do...
d...
...
..
.


iiiii sooooono...

Um assassinato...

Sentei na caderia,
à espera de uma chantagem sua.
Mas não.
Só lembro de me levantar,
colocar a mão em seu ombro
e dizer: o que foi que quis dizer?
Mas parecendo um conto erótico
sentei novamente
coloquei minhas mãos em minhas pernas,
procurei te provocar.
Mas nada fazia.
Olhei seriamente para você.
Tentei levantar a saia.
Você nada queria.
Desarrumei o cabelo e tirei os sapatos.
Você os colocou de volta
subiu as mãos em minha cintura e de súbito,
abraçou-me o ventre
e chorava feito criança
me dizendo: Não fique, não fique
Quero ter-te, quero ter-re...
Perplexa eu fiquei.
o que ele queria?
Que eu ficasse ou fosse?
Olhou para mim
lacrimejoso
lacrimelante
lacriagonizante
fiquei com medo.
Tentou me beijar
Recusei.
Tentou me deixar louca.
Não permiti.
Tentou me agarrar...
Segurei os ombros dele
fechei os olhos
e dizia sinceramente: Vá, vá...
Quero evitar-te, quero evitar-te...
Ele segurou em minha face
me mandou fazer silêncio.
Falou coisas em meu ouvido....
Só lembro de ter dobrado as pernas e fechado os olhos...
E ele?
Ele fez a mesma coisa...
Nada mais...