Thursday, February 25, 2010

Novela ( parte 1) - Coentro Verde

-Sonhos...
Disse Lia sentada em sua poltrona, vendo a janela e o céu nublado.Continuando a observar, falava com a bola de pêlo do seu hammster Arthur:
-Esse sonho foi a coisa mais subordinada que alguém poderia sonhar! Estava eu andando e daí vi uma  casa, cuja forma era a forma de todas as casas normais e simples que você pode imaignar.





Eu entrei nessa casa com uma lâmpada, onde a lâmpada se parecia muito com um a tocha medieval. Adentrando-a, cautelosamente pisei num pedaço de vidro. Daí percebi que a casa estava transtornada, que alguém teria esquartejado ela toda. Não sobrava nada bonito,nada vivo, nada inteiramente salvo. Muitas coisas valiosas, por se imaginar, eram de fato valiosas. Daí entrei na cozinha e vi que alí tinha uma velhinha sentada, tricotando seu tricote esverdeado de uma linha fina e macia. Não perdi o momento de pegar umas delas e colocar em minha bolsa. A velha me olhou e pediu para que eu fizesse um chá de hortelã sem açucar. Quando me virei tentando explicar que tudo estava findado, havia um campo verde e o sol estava maravilhosamente lindo e nada havia quebrado. Não houve outra idéia a não ser sair correndo e querer voltar para onde estava. Daí eu acordei Arthur, não queria mais saber de sonho nenhum. 
Depois do sonho contado fielmente, Lia se levanta a procura de uma caneta e de um papel. Não achando, vai até o seu melhor amigo, Pietro. 

-Pietro, cadê minha mãe? ela demora muito pra chegar em casa...
-Ora Lia, sua mãe tem coisas para fazer, você não tem suas coisas pra fazer?
-Tenho sim, mas não necessariamente precisam demorar como mamãe...
- Você é deliciosamente inquietante Lia... Procure fazer alguma coisa. Não é férias, você não vai à escola, não sai de casa... o que mais que você espera?

Lia volta à sua poltrona, esperando sua mãe voltar.

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