Monday, January 11, 2010

Delires.

O sol verde queimando seus olhos
me fizeram ver um amarelo raio por dentro da íris...
Calcando pés e por entre pingos ajustados de um saco ,
pensei: a tarde será boa!
depois da água turva que me faz crer, ser boa naquele momento,
quando no claro se fazia imenso...
Mesmo sendo limite o céu
contornava com meus dedos aos cachos
voluptuosos
e compridos
adensados e esbeltos ...

Daí a música.
Não foi indigesto!

Ao ponto que minha alma cedia aos poucos
quando de teus braços parecia-me atenta
mas quanto mais atenta, só me perdia
me afogava
e sumia...


Escurecia. Parecia ser o ideal...
E foi ideal!
Os detalhes aumentavam
ao passo que não se via nada
nem ouvia
nem barulho tinha
é preciso dizer?
não... só sentia...

Não me diga se foi tarde,
não queira ser tarde,
não pense se era tarde...


Tarde linda
Tarde formosa
Tarde que só a Deus eu agradecia...


Ah se eu pudesse voltar atrás!!!!
faria tudo de novo!!!
do mesmo jeito...
mas uma coisa de diferente seria:
do mesmo chuveiro
do mesmo sabonete
do mesmo tudo
compartilharia o mesmo espaço retangular durante mil minutos...
mil horas ou até mil dias...
até se formarem rugas úmidas dos nossos corpos
e devido ao sono
voltássemos com um sono delicado
rápido
mas calmo,
respeitoso.

É preciso dizer que me estranho de tanta delicadeza?
sim... porque não sabia mais o que era isso
Estranhar-me com preocupação?
sim... porque não sabia mais como é alguém pensar em mim
Estranho se amar?
sim... porque vou amando! amando tudo isso...


se quase quebro os pratos, gaguejoo, ou olhei muito para a comida
foi pelo simples fato de ficar sem graça
sem pressão, sem julgamento e sem limites nas costas
e quase querer chorar de alegria...
por aprender tudo isso!

obrigada, por mais um dia lindo
um dia inesquecível
que no fim
o cheiro novo dos cabelos que ganham a moral dos travesseiros...

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